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Imaculada Conceição

O dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX em 08 de dezembro de 1854, com a bula “Ineffabilis Deus”, que define a Virgem Maria como totalmente pura e sem pecado, desde a concepção, livre de toda mácula no corpo, na alma e no entendimento.


Por uma graça e favor singular de Deus onipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original no primeiro instante da sua conceição (CIC, 491).


Isso significa que Maria não só foi preservada do pecado original de Adão e Eva, mas também do pecado pessoal. Dessa forma, é verdadeiro dizer que, pela graça de Deus, Maria nunca pecou. Deus assim quis para que Maria fosse a “Arca da nova Aliança”, o “Vaso de Honra”, o ventre santo e puro que trouxe ao mundo Jesus Cristo, o Filho de Deus. Sendo Deus a fonte de toda pureza a santidade, não faria sentido Deus feito Homem ser gerado em alguém que fosse sujeita ao pecado. Por isso, Maria não é uma mulher qualquer. Deus a escolheu, preparou e criou para a missão de ser Sua Mãe, no qual seria necessário ser preservada de toda a mancha do pecado. O Preciosíssimo Sangue que Cristo derramou na Cruz é o mesmo sangue que veio da Virgem Maria, por isso totalmente puro.

Afirmar que Maria não é Santa e que qualquer mulher poderia ser mãe de Jesus não é só heresia, mas também mostra ignorância e desrespeito com o próprio Deus em Sua decisão. “Bem-aventurada és Maria, entre todas as mulheres” (Lc 1, 42). Como pode alguém amar a Jesus sem a amar sua Mãe? Até mesmo Martinho Lutero, precursor da Reforma Protestante, afirmou que:


... ela é cheia de graça, proclamada para ser inteiramente sem pecado... A graça de Deus encheu-a com tudo de bom e faz dela desprovida de todos os males... Deus está com ela, o que significa que tudo o que ela fez ou deixou de fazer é divino e da ação de Deus nela. Além disso, Deus guardado e protegendo-a de tudo o que pode ser doloroso para ela. Ref.: Obras de Lutero, edição americana, vol. 43, Ed. H. Lehmann, Fortress, 1968.


Outro ponto importante, que reforça a ação de Deus neste dogma, é recordar que Adão e Eva foram criados imaculados – sem pecado original ou sem mancha – mas ambos caíram em desgraça e, através deles, a humanidade tornou-se destinada a pecar. Mas Cristo e Maria também foram concebidos imaculados. A diferença é que ambos permaneceram fiéis e, através deles, a humanidade foi redimida do pecado. Portanto, Jesus é o novo Adão, e Maria, a nova Eva.

Quatro anos após a definição do dogma, em 1958, aconteceu uma aparição de Nossa Senhora em Lourdes, na França, para Santa Bernadete, em que a própria Virgem Maria se auto definiu dizendo: “Eu sou a Imaculada Conceição”.

Todos os estudiosos consideram quase impossível que uma adolescente como Bernadete, vivendo num lugarejo insignificante como era Lourdes, soubesse da proclamação do dogma e muito menos o seu significado. Por isso, as aparições de Nossa Senhora em Lourdes são consideradas como uma confirmação celestial do dogma da Imaculada Conceição.

Foi dessa forma que Maria participou do plano da salvação do mundo, e nela estão revestidos os méritos da paixão de seu filho, Jesus Cristo. Por isso, todo católico deve proclamar com alegria e devoção a sua santa, imaculada e admirável Conceição, verdadeira Mãe de Deus e nossa. Sendo Ela toda de Deus, somos chamados também a imitá-la, a fim de que se realize o projeto de santidade que Deus destinou a cada ser humano, da mesma forma que se realizou na Imaculada Virgem Maria.


 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. MATOS, Marcio M. Imaculada. 1º ed. Santo André-SP: 2014.

2. Catecismo da Igreja Católica. Edições Loyola, 11ª ed. 2001.




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