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Santa Dulce dos Pobres e a virtude da caridade e humildade

Atualizado: 24 de mar. de 2021

O Anjo bom da Bahia


Beatriz Soldá

Bianca Prado

Isabella Caldeira

Campinas - SP, 2020

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--Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, conhecida no mundo todo como Irmã Dulce, canonizada com o título de Santa Dulce dos pobres, no dia 13 de outubro de 2019, ficou conhecida como Anjo bom da Bahia por saber muito bem como viver as virtudes da caridade, humildade e bondade com os seus pobres. --Santa Dulce mesmo depois de sair de sua casa e ir amar a Jesus presente nos pobres, não perdeu a sua essência de menina, aquela mesma que amava um bom futebol e o aconchego do seu lar [1]. A sua vocação para trabalhar em benefício da população carente veio sob a influência direta de seus familiares, uma herança do pai, o Dr. Augusto Lopes Pontes, dentista da região de Salvador, que sempre soube cuidar com zelo e dedicação daqueles que não tinham condições financeiras para pagar uma consulta. Mais tarde, a menina Maria Rita, teve a influência da tia na missão na qual concretizou a sua vocação. --Com isso, aos 13 anos de idade, a pequena menina começou a atender os necessitados no portão da sua casa, na Rua da Independência em Salvador, nascendo assim “A portaria de São Francisco”, que acabou virando um centro de atendimento. Anos depois, a sua primeira missão pastoral como irmã foi a catequese e o Círculo Operário da Bahia, para os trabalhadores da classe operária, junto com Frei Hildebrando. Mal sabia ela que 20 anos depois, fruto da sua brilhante imaginação, iniciaria a formação do Hospital Santo Antônio, no galinheiro do seu convento. --Santa Dulce exerceu a virtude da caridade com maestria durante toda a sua vida, a qual está dentre as 3 virtudes teologais (dadas por Deus): Fé, Esperança e a Caridade. Entretanto, a caridade é superior a todas as demais e a primeira das virtudes:

"Permanecem fé, esperança, caridade, estas três coisas. A maior delas, porém, é a caridade." - (1 Cor 13,13)

--Quando ouvimos a palavra “Caridade”, podemos entender como “Amor”. Qual é o maior ato de amor da história da humanidade? É o do Cristo Jesus, que desceu ao mundo e se deixou crucificar [2]. Ele morreu por nossos pecados e nos abriu a possibilidade da salvação. O amor é brutalmente realista, e sabe que viver é insegurança perante às tentações do nosso mundo. O amor é se colocar na frente do outro e desejar a perdurabilidade de quem se ama, derramando e excluindo a si mesmo dia após dia. --Por isso disse Jesus: “Este é o meu preceito: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). Devemos alargar nosso coração e amar, assim como Cristo ama a Igreja, e como os Santos amaram a Cristo por meio de seu serviço e suas obras. A graça do Espírito Santo transcendeu na vida destes que se derramaram em resposta ao verdadeiro Amor [3]. E Santa Dulce foi um grande exemplo de amor a Deus por meio de seu cuidado com os pobres. --Outra virtude que podemos contemplar por meio da vida de Santa Dulce é a humildade, de extrema admiração por todos os seus devotos e os que conhecem a sua história. A humildade nos leva a enxergar todos os talentos e demais virtudes, e embora não seja a maior de todas as virtudes, ela é essencial para darmos passos a caminho da santidade, pois nos leva à Verdade de Deus. Também, nos conduz a ver que sem a vontade de Deus, nada há de ser bom (a não ser que Deus permita). Para que a vontade de Deus seja feita por completo, é necessário ser “pobre de espírito” como Nosso Senhor Jesus nos pediu. Só uma pessoa com a virtude da humilde, procura a felicidade e a fortaleza em Deus. --Conseguir enxergar os talentos, virtudes e vontades de Deus com humildade, nos leva a ter um pleno conhecimento de nós mesmos, tanto do lado natural, como do lado da graça, ou seja, sobrenatural. Pois, com humildade, entendemos que tudo pertence a Deus e se confiarmos nossa vida a Ele, Ele nos dará o melhor. --Para alcançar uma bela e verdadeira humildade e caridade, como foi tão bela a de Santa Dulce, é necessário em primeiro lugar, colocar em suas orações a vontade de adquirir essas virtudes. Somente Deus pode nos concedê-las, por isso, precisamos pedir incessantemente. Em segundo, sempre olhar para a vida de Jesus Cristo, que é o modelo perfeito de humildade: Em sua vida oculta, com o seu nascimento em uma pobre gruta; em sua vida pública, com sua total dedicação aos pobres e aos que eram rejeitados; também por meio da instituição da Eucaristia quando lavou os pés de seus discípulos; e em sua Paixão, quando passou pela maior prova de Amor para a nossa salvação. Em terceiro lugar, devemos sempre nos espelhar na Rainha desta virtude, Maria Santíssima, que acompanhou fielmente Jesus em todos os momentos de sua vida [4]. Que possamos, assim como Santa Dulce, vivermos a serviço daqueles que nos cercam e nos aproximarmos de Jesus com um coração contrito e repleto do desejo de amá-Lo sempre mais.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. PASSARELLI, Gaetano. Santa Dulce dos pobres: o anjo bom do Brasil. Paulinas, 2019. Acesso em:16 mar. 2020.

  2. AQUINO, Felipe. O que é a virtude da caridade? Disponível em: <https://cleofas.com.br/o-que-e-a-virtude-da-caridade/> Acesso em: 15 mar. 2020.

  3. Equipe Portal Canção Nova. O exato dever da caridade. Disponível em: <https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/o-exato-dever-da-caridade/>. Acesso em: 14 mar. 2020.

  4. Equipe Pe. Paulo Ricardo. Três meios para chegar à verdadeira humildade. Disponível em: <https://padrepauloricardo.org/blog/tres-meios-para-se-chegar-a-verdadeira-humildade>. Acesso em: 14 de mar. 2020.


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